Carta Aberta ao presidente da Câmara de Sintra
Entre os subscritores encontram-se o Professor Galopim de Carvalho, os ambientalistas Flora Silva e Eugénio Sequeira, juristas, professores universitários, vários nomes da cultura sintrense, bem como de cidadãos e cidadãs civicamente empenhados na defesa do património.
Os subscritores da carta consideram que tal intervenção, por se realizar numa área extremamente sensível, põe em causa a própria identidade da Vila de Sintra, contribuindo para que, em nome do desenvolvimento da actividade turística e de uma "oferta de excelência", um anel de cimento comece a ganhar corpo em torno do território classificado pela UNESCO como Paisagem Cultural da Humanidade.
O projecto de urbanização de Monte Santos resulta de uma parceria entre a CMS e vários proprietários, reunidos num fundo de investimento, tendo estado em discussão pública em Maio último. Prevê-se a construção de um hotel, trinta moradias e um espaço comercial em zona verde fronteira ao centro histórico de Sintra, nas imediações do Palácio Nacional.
Para os subscritores, a revogação da suspensão depende da adopção de medidas restritivas que garantam a salvaguarda do património natural e edificado, através de uma revisão do Plano De Gröer (em curso) e do Plano Director Municipal.
Na Carta é também exigido que esta e outras intervenções similares a realizar no futuro, sejam sujeitas a Avaliação de Impacte Ambiental e à opinião do painel de consultores da UNESCO.
(Texto e lista de subscritores disponíveis em http://monte-santos.blogspot.
Sintra, 26 de Outubro de 2008